Formado em economia, ator, modelo e cantor, Cassiano Kruger uniu os aprendizados dessas carreiras para encontrar sua identidade musical. Na universidade se apaixonou pelas matérias que envolviam história e filosofia. Mais tarde, quando entrou em uma agência de modelo, viu que poderia viajar pelo mundo trabalhando e a ideia lhe chamou a atenção. Estudou atuação para TV e cinema, participou de curtas, médias e longas metragens e de programas de TV.

A música pulsou mais forte. Em 2015 lançou suas primeiras faixas e, em 2016, seu CD Em Complemento, com fortes influências do reggae, referências à natureza, mensagens positivas e a valorização de coisas consideradas simples por muitos, como o amanhecer.

Confiram nossa conversa com o artista.

Matraca Cultural: De que forma todas essas experiências te influenciaram e ajudaram a encontrar sua identidade como músico?
Cassiano Kruger: Sem dúvidas que toda minha formação e experiência me ajudaram a perceber o que pulsa mais forte, e isso tornou minhas escolhas e caminhos mais claros. Todas minhas experiências são o ponto de partida para minhas composições.
E isso me motiva a, cada vez mais, a me aventurar, conhecer mais histórias e acumular vivências. Para assim sempre evoluir e ter a sensibilidade necessária para participar da vida de todos que se conectarem com minhas mensagens.

MC: A natureza é tema frequente nas suas músicas. Qual a importância dessa conexão no seu trabalho e na sua vida?
CK: Eu após diversos pensamentos sobre religião e filosofia do pensamento humano, cada vez mais relaciono minha fé com as forças e energias da Natureza. Acredito que isto tem me deixado mais grato e valorizando a magia de cada dia.

MC: Você mora em São Paulo. Qual a sua relação com a cidade e como você se mantém em contato com a natureza vivendo em uma metrópole?
CK: Minha conexão com São Paulo é algo incrível. Eu havia passado os últimos anos tentando ir para Florianópolis, mas meu pai achava que eu ia ficar só na praia surfando e não me deu apoio. Mas eu precisava da minha liberdade e vim para São Paulo com planos de não ficar mais do que um ano nesta Babilônia. Mas aqui conheci muita gente, muita cultura e encontrei uma galera que vai direto para a praia e sítios no interior. Na emergência dia a dia corro para o Parque Ibirapuera e já equilibra um pouco minhas energias. Sou um frequentador do Ibira e sempre que posso vou para o Guarujá, Cambury, Maresias e Ubatuba. Isso ainda me faz estar na Babilônia após 14 anos e ainda continuar me conectando com a natureza .

MC: Você gravou três canções do seu pai. Qual a relação dele com a música e de que forma ele te inspira? Qual a importância dele no seu trabalho?
CK: Ele inspira meu trabalho em todos os sentidos. Acredito que ter um compositor em casa me deu asas para tentar. Vejo que muita gente tem um grande potencial de compor, mas não tentam e acham que nunca sairá nada. Eu tentei e me desafiei a criar melodias, que era tudo o que faltava para produzir as composições do meu pai. Depois disso iniciei o processo de compor e achar meu método criativo e tudo flui igual ao sangue nas veias (risos).

MC: Quais são suas influências musicais, além do seu pai?
CK: Tenho Bob Marley em um degrau acima. Além das suas composições, tem todo movimento na criação da magia do reggae, que atinge desde crianças até idosos em qualquer parte do planeta.
Aqui no Brasil sempre fui muito eclético, escutava muito Charlie Brown, Rappa, Natiruts, J Quest, entre outros.

MC: Em 2015 você atuou no filme “Quero Dizer-te Adeus”. Como foi a experiência de atuar no cinema? Você pretende conciliar a carreira como ator?
CK: A experiência foi maravilhosa, até porque interpretei uma grande celebridade brasileira da década de 50, nomeado o “Rei da Voz”. Reviver Francisco Alves foi muito legal e toda minha experiência como ator fazem parte de quem eu sou e abre minhas possibilidades de me manifestar artisticamente.
Devido à necessidade de foco total com a carreira musical, com todos os lançamentos e projetos, estou menos voltado a participar de castings e grupos de estudos de atuação. Mas estou sempre aberto para analisar projetos no cinema e na TV. Não estou procurando muito atualmente, mas se me acharem, estou pronto (risos).

MC: Quais os seus projetos musicais em andamento e quais os planos futuros?
CK: Agora para 2019 temos uma série de shows e eventos para nos apresentar. A meta é aumentar nosso contato com o público, realizando mais shows e nos mais diversos locais. Em 2018 criei a CK Jams, um coletivo de músicos com o intuito de trazer a mistura bem brasileira e a união que  o cenário da música independente necessita para se fortalecer e crescer juntos .

About The Author

Antonio Saturnino

Jornalista, atleta frustrado, cantor de karaokê e pai de pets. Ama música e escrever sobre o tema durante anos lhe permitiu conhecer novos cantores e estilos musicais, então vocês verão muita coisa diferente e nova por aqui. Dança no meio da rua, adora cozinhar e estar em conexão com a natureza.

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