Ludmilla e a esposa Brunna Gonçalves repetiram no palco principal do Coachella um dos momentos mais esperados nos shows no Brasil: o beijo do casal durante a música “Maldivas”

O beijo de Ludmilla e Brunna Gonçalves no palco do Coachella no último domingo (14) gerou repercussão internacional e foi amplamente celebrado como um marco para a visibilidade e aceitação da comunidade LGBTQIA+. Além da onda de apoio vinda de pessoas de diferentes países e culturas nas redes sociais, alguns veículos de imprensa estrangeiros destacaram esse gesto como um símbolo de progresso e inclusão, especialmente em um evento de grande escala, que tem uma audiência global.

Ludmilla é abertamente bissexual, tendo namorado uma de suas dançarinas de apoio, Brunna Gonçalves, antes de se casarem, há cinco anos, e o público no fim de semana passado foi presenteado com as duas beldades se beijando e dançando juntas no palco“, destacou o Vulture.

Já a Autostraddle, revista online independente voltada para mulheres lésbicas, bissexuais e queer, bem como pessoas não binárias e pessoas trans de todos os gêneros, celebrou o fato de Ludmilla e Brunna terem colocado o amor queer no centro das atenções do Coachella.

É um ato aberto de resistência, mas também uma compreensão de que as pessoas queer sempre estiveram na vanguarda do que há de novo, divertido e emocionante na música“, pontuou o site The Forty-Five, que publicou o vídeo com o beijo entre o casal, tal como o perfil everylesbianandtheirfashion, também voltado para o público feminino LGBTQIAP+.

A cantora Lauren Jauregui, ex-integrante do Fifth Harmony e assumidamente bissexual, lamentou não poder assistir ao show de Ludmilla presencialmente, mas também postou sobre o momento do casal em seu Twitter: “Eu estou curtindo esse vídeo da Ludmilla e sua esposa toda vez que ele aparece na minha timeline“.

O show teve outros momentos significativos para a comunidade LGBTQIAP+. Ao convidar Erika Hilton para gravar um vídeo interlude em inglês, onde a primeira deputada federal negra e trans eleita na história do Brasil rebate diversos tipos de preconceito como homofobia, transfobia, racismo, xenofobia e misoginia, além de celebrar as liberdades individuais, Ludmilla se posiciona mais uma vez como uma figura de destaque na luta pró-diversidade.

Além da apresentação ter sido introduzida por ninguém menos que Beyoncé, que gravou um áudio especialmente para a ocasião, o nome da maior artista afro-latina da atualidade teve um boom de buscas no Google Trends dos Estados Unidos por horas após o show.

Por isso é incrivelmente significativo o beijo entre Ludmilla e Brunna no palco do Coachella. Este gesto não apenas celebra o amor entre duas mulheres, mas também promove a aceitação da diversidade sexual em um espaço de grande visibilidade mundial. Esses momentos públicos de afeto e autenticidade são poderosos para todos que se identificam como parte da comunidade LGBTQIA+. Pois validam suas experiências e demonstram que o amor e a expressão não têm limites.

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