Curta de Fábio Rodrigo foi um dos grandes vencedores do Festival Curta Cinema e está apto a representar o Brasil na maior premiação do audiovisual

O curta-metragem ‘Engole o Choro’, do cineasta Fabio Rodrigo, é a primeira produção brasileira qualificada a concorrer a uma indicação ao Oscar 2025. O filme recebeu a acreditação após vencer o Grande Prêmio do Festival Curta Cinema, no Rio de Janeiro, no último dia 24 de abril.

Com Cellia Nascimento, Oda Silva e Renato Novaes no elenco, a produção conta a história de Anderson, um jovem de 17 anos da periferia de São Paulo, que furta uma moto para tentar ‘se afirmar como homem’ e colocar um ponto final aos anos de exclusão e rejeição, mas se confronta com algo que nunca foi ensinado a lidar: seus sentimentos.

“O filme é fruto de uma pesquisa sobre a masculinidade preta e periférica que iniciei em 2017 e que permitiu me aprofundar nessa história semi autobiográfica. Nunca tive convivência com meu pai e isso me levou a questionar como seria um contato posterior com esse homem, caso ele acontecesse. ‘Engole o choro’ é uma das frases mais ouvidas por meninos durante a vida, acompanhada por ‘homem não chora’. Afirmações que levam homens a deixarem de exprimir seus pensamentos e sentimentos por medo e vergonha”, comenta Fabio Rodrigo.

Com oito anos de atuação no audiovisual, Fabio Rodrigo já conquistou seis estatuetas no Festival de Cinema de Gramado, incluindo o prêmio de Melhor Direção nas produções ‘Kairo’ (2018) e ‘Entre Nós e o Mundo’ (2020). Ele também integrou da sala de roteiro da série ‘Santo Maldito’, do Star Plus, foi um dos diretores de Histórias (Im)possíveis, da TV Globo, e integra a equipe de direção da segunda temporada da série Os Outros, da Globoplay, cujo lançamento está previsto para o próximo semestre deste ano.

‘Engole o Choro’ estreou no Festival do Rio de Janeiro e passou pela Mostra de cinema de Tiradentes. Além da premiação no Festival Curta Cinema, que o qualificou para entrar na corrida pelo Oscar, a produção conquistou Prêmio Itaú Cultural Play, na categoria de melhor curta-metragem, durante o Festival Visões Periféricas.

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