Sempre surgem novos artistas, canções e circuitos musicais e, para conhecermos as boas novidades culturais, precisamos sair da nossa zona de conforto.  Esse é um dos objetivos do Matraca Cultural, trazer novidades e levá-los a uma jornada de conhecimento do novo. Além de falar sobre artistas renomados, adoramos conhecer e trazer coisa nova para vocês e hoje vamos falar sobre uma grata surpresa para a música, a cantora Lu Avellar.

Dona de uma voz grave e doce, extremamente afinada, a cantora mostra em seu primeiro EP a maturidade de quem respira música desde muito cedo: começou a tocar flauta com quatro anos, aprendeu piano aos sete e sax aos 11. Aos 16, foi morar na França onde estudou violão, solfejo e canto lírico no conservatório Chamalieres.

O EP, intitulado “Tua Pele”, contém cinco canções que estão disponíveis nas plataformas digitais. O trabalho é uma prévia do álbum, que terá mais seis faixas inéditas, mas ainda não tem data para entrar nas plataformas digitais.

As músicas, possuem riqueza instrumental, ótimos arranjos e belos poemas de amor. A escolha do repertório, mesmo as obras compostas por outras pessoas, contam sua história. Esse cuidado e esmero na produção do EP são muito claros. Não é difícil se identificar com as letras das músicas e, ouvir a Lu cantando, é um afago à alma e ouvidos.

O Matraca Cultural conversou com a Lu para falar um pouco sobre suas inspirações e início de carreira.

Matraca Cultural: Qual foram suas principais inspirações na produção do EP “Tua Pele?
Lu Avellar: No EP tenho uma parceria com Paulinho Dafilin, “Pra Te Levar” e a “Ma Poupée”. Numa festa Paulinho cantou a música “Diadorim” que é dele e de Ana Basbaum, fiquei apaixonada, quis gravar a música e falei com ele. Nesse mesmo dia, numa brincadeira Paulinho fez uma música que é a “Do Meu Jeito”. Quando fomos gravar o EP lembrei dessa música e perguntei para ele se poderia gravar também. Nós tínhamos quatro músicas só que eu queria gravar cinco. Um dia liguei para o Paulinho e contei uma história de um relacionamento que tive e, com base nessa história, ele compôs a música “Tua Pele” pra mim, sendo a quinta música e que acabou dando nome ao EP.

 

MC: Para você, a vida inspira a arte? Por isso você coloca na sua música suas próprias histórias?
LA: A vida é arte e sempre será inspiração. Quando eu componho eu penso assim. Agora quando interpreto músicas de outros autores, sempre escolho as que se identificam com a minha vida.

MC: Você toca vários instrumentos, estudou canto lírico e morou na França. Como essas experiências e bagagem te ajudaram a encontrar sua identidade musical?
LA: Toco vários instrumentos, mas na brincadeira, quando estou reunida com os meus amigos fazendo improvisos. O Canto lírico foi fundamental para eu soltar a voz, pois eu cantava muito pra dentro, era muito tímida. Acho que toda experiência faz parte da própria identidade. A França sem dúvida foi muito importante musicalmente falando, para o meu desenvolvimento, tanto instrumental quanto ao canto.

MC: Atualmente não há muitos artistas que lancem um trabalho com várias faixas. Em geral lançam uma única música de tempos em tempos. Por que você decidiu ir na contramão desse cenário e lançou faixas que, juntas, contam uma história?

LA: Não gosto de seguir padrões, eu acredito que o artista que faz as suas regras. Claro, as músicas estão interligadas, mas não apenas cinco e sim as outras seis, pois fazem parte do mesmo produto.

MC: Você já tem alguma previsão para o lançamento das seis faixas inéditas do disco?
LA: Isso é segredo. Mas podem esperar, pois acontecerá em breve.

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Antonio Saturnino

Jornalista, atleta frustrado, cantor de karaokê e pai de pets. Ama música e escrever sobre o tema durante anos lhe permitiu conhecer novos cantores e estilos musicais, então vocês verão muita coisa diferente e nova por aqui. Dança no meio da rua, adora cozinhar e estar em conexão com a natureza.

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