Após permanecer nove anos com suas portas fechadas, no dia 8 de setembro de 2022, o Museu do Ipiranga reabrirá ao público, de modo geral, marcando as comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822. Em agosto de 2013, a instituição foi interditada às pressas para visitação, por apresentar problemas de conservação e segurança.

Passado seis anos do fechamento do Museu, em novembro de 2019, e após a realização dos trabalhos de diagnóstico, apresentação do projeto de restauro e de modernização do edifício-monumento (escolhido em Concurso Nacional), escolha da empresa, via edital, que executaria as obras, entre outras etapas, tem início a reforma. Conforme consta no site da instituição, as obras consistiram em ações de proteção ao edifício, prospecção arqueológica, manejo arbóreo, desmonte da escadaria e instalação do canteiro de obras.

Tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, o Museu do Ipiranga teve sua fachada totalmente restaurada, além disso seu interior ganhou um novo espaço com 6,8 mil m2, destinado a auditório, café, lojas, áreas para atendimento educativo e sala de exposições temporárias. Com a reforma, a instituição dobrou de tamanho e poderá receber até 12 exposições simultâneas, incluindo, pela primeira vez, acervos de outras instituições ou museus. Outra novidade é a presença de um mirante, que permitirá ao público observar a cidade, a partir da superfície do Edifício-Monumento.

No dia 1º de setembro de 2022, a jornalista Mariana Mascarenhas, do Matraca Cultural, e o Prof. Dr. Jack Brandão, especialista no estudo de imagens e diretor do Centro de Estudos Logo-Imagéticos Condes-Fotós, participaram de uma visita reservada à imprensa para conferir as mudanças e as novidades da instituição.

Na oportunidade, eles conversaram com o Doutor em História Social pela USP e docente do Museu do Ipiranga, Paulo Garcez Marins que, entre outras questões, ressaltou um aspecto muito importante: ao observamos todo o acervo do Museu, é necessário analisá-lo como uma versão da história, entre outras existentes, e não como verdade absoluta, afinal todos os acontecimentos possuem diferentes versões e é justamente a totalidade delas que nos dá a compreensão geral da história. Questão essencial para considerarmos, por exemplo, o papel de figuras polêmicas como os bandeirantes, que fizeram parte da história e cujas estatuetas se encontram no Museu. Sua presença, afinal, é importante dentro do edifício para reforçar determinadas situações do passado que não devem se repetir no contexto atual.

Para conhecer mais a fundo a história do museu e como ele ficou após a reforma, assista a reportagem completa no vídeo abaixo:

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