Por que lobo mau é mau? Por que a Rainha Má tem tanta inveja da Branca de Neve? Por que será que os vilões dos contos de fada se tornaram vilões? Será que eles sempre foram assim? Será que eles, de fato, são maus? Esses questionamentos, naturalmente, surgiram em minha mente quando assisti ao espetáculo “Wicked, o Musical”, em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo.

Um dos maiores sucessos da história da Brodway, com mais de 48 milhões de espectadores em todo o globo, a produção conta a história da Terra de Oz, muito antes de Dorothy chegar. O espetáculo apresenta Elphaba (Myra Ruiz), esperta, incompreendida e nascida com a pele cor verde-esmeralda, e Glinda (Fabi Bang), belíssima, ambiciosa e muito popular.

O espetáculo nos faz rir e chorar, trazendo à tona os segredos que levam Elphaba (Myra Ruiz) a se tornar uma bruxa “má” e Glinda a ganhar a simpatia dos habitantes da Cidade das Esmeraldas. O enredo mostra que a Bruxa Verde do Oeste não é exatamente má, mas sim incompreendida por causa de sua cor de pele. Trazendo a história para o “nosso mundo”, a produção ajuda-nos a ver como os preconceitos da sociedade podem ser nocivos às pessoas diferentes.

Wicked, por meio de números e performances surpreendentes, mostra que toda história tem diversos pontos de vista e que ser diferente não é um problema, desde que as pessoas aceitem as diferenças. É um espetáculo que nos faz refletir e ver como os estereótipos podem nos levar a, muitas vezes, ser injustos com as pessoas à nossa volta.

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Antonio Saturnino

Jornalista, atleta frustrado, cantor de karaokê e pai de pets. Ama música e escrever sobre o tema durante anos lhe permitiu conhecer novos cantores e estilos musicais, então vocês verão muita coisa diferente e nova por aqui. Dança no meio da rua, adora cozinhar e estar em conexão com a natureza.

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