Iniciativa inclui as questões relacionadas ao homem trans e apoia a arrecadação virtual para cirurgia de retirada das mamas do produtor Preto Téo

Propor diferentes ações para discutir a questão da masculinidade e provocar reflexões sobre a ideia da construção da identidade masculina, inclusive de homens trans. Essa é a proposta do projeto “Okó: Maskulinidades Transatlânticas”, que estreia hoje (28). A apresentação foi gravada em três terminais de ônibus de São Paulo e vai ser exibida pelo Zoom. Hoje também serão liberados o Okó Zine e o primeiro episódio do Podcast Rádio Okó. O projeto foi contemplado pelo ‘Edital Aldir Blanc MÓDULO I – Maria Alice Vergueiro’

O projeto foi idealizado por Flip Couto e tem direção de Malu Avelar, e utiliza elementos performáticos da Cultura Ballroom, como o Runway (desfile), e do Hip Hop. O trabalho aborda o movimento, vestuário, música e a poesia como estéticas disparadoras de um universo imaginário, visual, subjetivo e relacional na urbanidade.

As apresentações propõem reflexões sobre sexualidades, racialidade, pertencimentos, emoções, ancestralidades, corporeidade e tabus. Pensamentos deBeatriz Nascimento, Osmundo Pinho, Alex Ratts, Bell Hooks, Audre Lorde, Stuart Hall, entre outros, influenciam o trabalho.

O projeto vai contar com 400 cópias de zines com textos de Alex Ratts, Ruda Terra Boa e ilustrações de Guilhermina Giusti, que serão entregues durante a performance. Outro recurso visual são os lambes que serão colados nos espaços onde acontecerão a apresentação. Todo o conteúdo produzido será disponibilizado nos equipamentos da SMC, no site do projeto e no perfil dos artistas criadores.

A temporada de estreia de Okó apoia a cirurgia de retirada das mamas do produtor Preto Téo
“Sabe, com o corpo de hoje, ainda de seios grandes, evito correr por qualquer motivo que seja. Não vou na piscina nem convidado de graça, sofro na praia, evito toques da minha companheira, odeio esbarrar nas coisas, escolho cada roupa avaliando centímetros de volume, uso compressores que me causam dor todos esses anos. E todo esse processo é bastante doloroso, angustiante, cansativo, e já dura há tempos! Então, é muito além de estética, é liberdade. Por isso, sim, simples assim. A sua contribuição alimenta a minha liberdade”, Preto Téo.

Para contribuir, acesse o link https://abacashi.com/p/mastecpretoteo

SERVIÇO

Temporada de Okó: Maskulinidades Transatlânticas
Performance que utiliza o corpo como suporte para provocar reflexões sobre a masculinidade hegemônica

  • Período exposição: De 28 de Junho a 04 de Julho
  • Período temporada podcast: De 28 de Junho a 26 de Julho
  • Dias: Segunda à domingo
  • Horário: 20h
  • Via Sympla: https://www.sympla.com.br/oko__1239060

Temas e episódios do podcast:

28.06 – Viny Rodrigues: Falocracia e as Falácias do Homem

05.07 – Pedro Guimarães: Poéticas de um Corpo Negro Bixa 

12.07 – Formigão: Ser Sapatão Preto

19.07 – Caru de Paula: Trans masculinidades, Memória e Saúde mental

26.07 – Neon Cunha: Cissexismo e a Performance de Gênero 

AÇÕES

Vídeo performance: 5 exibições

Sinopse da Performance Okó: A palavra “Ocó” significa “Homem” em “Pajubá”, linguagem inspirada no idioma “Iorubá”. E é utilizada pelas comunidades LGBTQIA+ para se comunicar sem ser percebida em espaços públicos. Questionando a construção da figura masculina, Flip Couto, artista interdisciplinar e pesquisador de danças/culturas urbanas, ocupa as ruas da cidade desfilando um corpo que se transforma em diálogo com as coreografias sociais presentes nos diferentes territórios por onde transita. Com direção de Malu Avelar, a performance mapeia corpos que se fundem com os espaços públicos revelando subjetividades esquecidas nos trânsitos transatlânticos expandindo a ideia de masculinidade através de um olhar plural e diaspórico.

Podcast Rádio Okó: Utilizando a oralidade e trajetórias pessoais, o podcast traz episódios com diálogos provocadores com diferentes olhares para falar sobre masculinidades e performance de gênero por uma perspectiva negra e LGBTQIA+. Na primeira temporada, Flip Couto bate um papo com Neon Cunha, Viny Rodrigues, Pedro Guimarães, Formigão e Caru de Paula.

Okó Zine (400 cópias): A publicação com textos e organização do zineiro e poeta Rudá Terra Boa e com ilustrações da artista visual Guilhermina Giusti, traz reflexões sensíveis sobre a identidade masculina falando sobre afeto, prazer, cuidado, ancestralidade e memória. Alex Ratts, Flip Couto, Malu Avelar e AfroP também colaboram no conteúdo do zine.

EQUIPE CRIATIVA

Flip Couto, Malu Avelar, Felinto, Preto Téo, Gil Oliveira, Ruda Terra Boa, Afrop e Guilhermina Augusti

PODCAST – CONVIDADES

Viny Rodrigues, Pedro Guimarães, Formigão, Carú de Paula, Neon Cunha

About The Author

Matraca Cultural

Cultura é entretenimento, é reflexão. Ela está presente em todas as nações, nas grandes revoluções, nas periferias e nos momentos de repressão. Ela está na rima do rap, no drama teatral, no movimento da dança, nas vidas da tela do cinema, nos contos fantasiosos de livros e em diversas manifestações humanas. Matraca Cutural é boca aberta para a música, dança, teatro, exposições, cinema e mostras e usa a cultura como vetor de transformação, de respeito às diferenças e importantes reflexões.

Related Posts

Leave a Reply

Your email address will not be published.