A comunicação é a habilidade mais importante do ser humano. Foi por causa dela que conseguimos sobreviver a ameaças selvagens, organizar grupos sociais, criar mitos e desenvolver sociedades complexas. Saber transmitir informações nos fez evoluir de esforçados caçadores para um povo capaz de curar doenças graves, lançar foguetes ao espaço e realizar feitos extraordinários.

Desde a invenção da prensa móvel, por Johannes Gutenberg, a leitura impulsionou a propagação do conhecimento e permitiu a livre circulação de ideias. De lá para cá, a comunicação passou por transformações profundas. O caminho percorrido das pinturas rupestres e pergaminhos até a produção massificada de livros e a internet foi fundamental para a nossa espécie.

Há muito tempo, o conhecimento não está mais limitado a um indivíduo ou pequeno grupo de pessoas e a nossa evolução depende disso. No entanto, o cenário nacional não parece tão positivo atualmente. A 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, em 2016, apontou que o brasileiro lê apenas 2,43 livros por ano.

O baixo índice de leituras pode ter relação direta com as diversas crises que enfrentamos. O caminho desse ponto de partida até o empobrecimento dos debates e a falta de amadurecimento crítico parece uma linha reta. Culturalmente, não temos o costume de aprender por conta própria. A leitura e o aprendizado em geral, às vezes, parecem um fardo para a maioria das pessoas. Além disso, o hábito demanda tempo num mundo onde as rotinas são cada vez mais caóticas. O resultado dessa equação é que a prática fica em segundo plano, até mesmo para quem sabe de sua importância.

Nesse cenário, novas tecnologias podem solucionar uma das nossas maiores dores: a gestão de tempo. Os audiolivros, por exemplo, permitem aos usuários que “leiam” enquanto lavam a louça, fazem um trabalho mecânico ou no caminho para o escritório. Porém, mesmo nesta realidade, existe um volume muito grande de obras no mercado. O que, então, escolher para ler?

Atualmente existem aplicativos que condensam, em áudio e texto, os pontos mais importantes dos mais importantes livros de não-ficção. Eles têm o objetivo de incentivar a leitura, ajudando o público a fazer uma curadoria assertiva do próximo livro a ser lido.

O futuro é promissor. A humanidade evoluiu e continuamos em progresso aparentemente ininterrupto e implacável. Porém, para alcançá-lo é necessário investir continuamente no nosso desenvolvimento, aprendendo a buscar conhecimento para desenvolver habilidades, ampliar nossa percepção sobre o mundo e a sociedade para, enfim, aplicar o aprendizado na prática e, efetivamente, fazer parte do progresso. É importante ter consciência de que o aprender e a transmitir conhecimento são essenciais para que isso aconteça.

Guilherme Mendes é CEO do 12min, aplicativo que condensa os pontos mais importantes de livros de não-ficção em leituras rápidas de áudio e texto. Por meio dessas unidades de aprendizado sob demanda, a startup se propõe a auxiliar no desenvolvimento pessoal e profissional dos leitores. Fundado em 2016, o app conta com mais de 900 obras em português, espanhol e inglês no catálogo e mais de 1,5 milhão de usuários.

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Matraca Cultural

Cultura é entretenimento, é reflexão. Ela está presente em todas as nações, nas grandes revoluções, nas periferias e nos momentos de repressão. Ela está na rima do rap, no drama teatral, no movimento da dança, nas vidas da tela do cinema, nos contos fantasiosos de livros e em diversas manifestações humanas. Matraca Cutural é boca aberta para a música, dança, teatro, exposições, cinema e mostras e usa a cultura como vetor de transformação, de respeito às diferenças e importantes reflexões.

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