Estreia hoje nos cinemas o documentário “O Corpo é Nosso!”, filme que resume parte da atual manifestação feminina e a constante busca pela liberdade de expressão do corpo da mulher brasileira. Dirigido por Theresa Jessouroun, com atuação de Oscar Magrini e Renato Goés, a narrativa detalha os gêneros musicais e a influência deles para definição da mulher de cada época da história do Brasil.

Rodado no Rio de Janeiro, utilizando-se do conceito “docficção”, a obra incorpora o drama do jornalista Marcos que, na sua pesquisa para uma série de reportagens sobre o feminismo, faz uma descoberta impactante sobre seu passado. Uma narrativa que mescla a redação de um jornal carioca com entrevistas, cenas ficcionais e imagens de arquivo que ilustram os fatores que contribuíram para a discussão sobre o feminismo por meioda desconstrução do masculino.

No documentário estão exemplos da representação feminina na música, nos esportes, no mercado de trabalho, na sociedade e algumas das conquistas e momentos de liberdade expressão e desejos das mulheres. Em um exercício de metalinguagem, ao longo dos 82 minutos é possível fazer uma autorreflexão sobre o racismo e o machismo impregnados nos personagens e na sociedade. 

Comportamento, relações amorosas, mercado de trabalho, liberdade com o corpo, sexo, demonstração de sentimentos, vestimenta, alimentação, moda, família, carreira, religião, em resumo, “O Corpo é Nosso” exibe como a mulher reinventou, reivindicou e conquistou espaço pra dizer quem, quando e o que quer fazer.

O filme venceu na categoria Melhor Edição de Som o Cine PE 2019 e também foi exibido na Mostra Competitiva do Festival Internacional Porto Femme, em Portugal, e do Durban Int’l Film Festival, na África do Sul.

Este é o segundo lançamento do programa O2 Play Docs, da distribuidora O2 Play, ocupando salas de cinema em 17 cidades brasileiras com sessões em horário nobre.

O filme está na programação do Espaço Itaú de Cinemas Frei Caneca. Confira a programação e o trailer:

About The Author

Flávia Ferreira

Pós-graduada na USP em relações étnico-raciais, Flávia também é jornalista e dedica suas horas livres para uma boa leitura ou um show contagiante. Ama séries e filmes cheios de diálogos longos. Aqui no Matraca escreve sobre arte, fotografia, indicação de livros, séries e filmes e espetáculos. Embarque nos textos e curte lá no insta @matracacultural @itsflaviaferreira

Related Posts

Leave a Reply

Your email address will not be published.