Luis Kiari lança 2a. parte de trilogia musical dedicada a suas raízes nordestinas Matraca Cultural novembro 12, 2022 RESENHA O EP intitulado “Refúgio” conta com a produção musical do Maestro Marcos Farias e traz canções com estilos regionais nordestinos O cantor e compositor Luis Kiari lança, no dia 28 de outubro, pela Kuarup Música, o EP Refúgio. O projeto de 3 faixas, é a segunda parte de um álbum completo que será lançado ano que vem. “Trata-se de um álbum que será lançado em três partes, uma espécie de trilogia, estamos apresentando agora o segundo EP. O projeto como um todo é mais focado em músicas com estilos regionais nordestinos, trazendo um pouco da musicalidade que me formou, que escuto desde quando eu era pequeno”, explica Luis Kiari.A produção musical ficou mais uma vez por conta do maestro, pianista, acordeonista, arranjador e compositor Marcos Farias e o estilo musical traz ritmos que se aproximam mais da raiz artística de Luís Kiari. O trabalho conta com o xote ‘Acaju’, que é autoral e inédito, com o arrasta pé “Faz balancê meu coração”, que é a primeira vez que faz parceria com Vito Quintans, artista plástico e designer paraibano que fez as capas dos últimos singles e álbuns. Há também a canção “Refúgio”, que intitula esta fase e é composta por dois campinenses: Hugo César e Lucas Barreto.Mas as escolhas de Kiari vão além dos ritmos. Como um bom amante da língua portuguesa, as letras das canções também têm seu lugar no projeto e remetem ao ‘aconchego’ nordestino. “As três canções são muito especiais e falam sobre coisas diferentes e importantes. Acaju fala sobre o aconchego de um amor, trazendo a cinematografia do cotidiano. ‘Faz Balancê Meu Coração’, trata do aconchego de uma paixão, com imagem dos contos nordestinos com uma paixão platônica sendo contada dentro da realidade dos festejos. Já ‘Refúgio’, trata do aconchego do lar, do abraço, da casa, da família”. Por uma espécie de herança da pandemia, as gravações aconteceram separadamente, nos home studios de cada músico: os violões foram gravados por Kiari; o violão de 12 e o violão tenor, por Fernando Caneca; e violoncelos, violinos e violas, por Ocello Mendonça, em Brasília; e o triângulo, por Sabrina Farias. Já no “Studio LaenKasa”, foram gravados eletric bass, zabumba, pandeiro, acordeom e piano pelo maestro Marcos Farias, que também fez arranjos, produção musical e mixagem. A masterização ficou por conta de Fábio Henriques. “Que todos curtam este projeto assim como eu estou curtindo fazê-lo”, finaliza Kiari. Faixas do EP:1 – Acaju / 2 – Faz Balancê Meu Coração / 3 – Refúgio. Mais Sobre Luis Kiari:O envolvimento de Kiari com a música começou na infância, em Campina Grande, no estado da Paraíba, ao ouvir o pai cantarolando versos de Maurício Reis, Altemar Dutra, Agnaldo Timóteo, Nelson Gonçalves, entre outros, enquanto o acompanhava no trabalho rural. Na adolescência teve seu primeiro contato direto com a música por meio dos instrumentos tocados pelos três irmãos cegos, que então estudavam na capital paraibana. Foi nesta época que Kiari aprendeu a tocar violão e começou a ter acesso aos primeiros CDs de música popular brasileira, trazidos pelos irmãos.Aos 19 anos desembarcou no Rio de Janeiro e intensificou seu envolvimento com a música dando aulas de violão por indicação de amigos da igreja que frequentava. Através destes amigos conheceu aqueles que hoje são seus principais parceiros de composição como Caio Sóh, Gugu Peixoto e Fred Somer. A difícil adaptação do menino do interior do nordeste à realidade de uma grande cidade e a angústia silenciosa deste choque cultural transformaram-se na primeira composição do artista, em 2004, chamada “Terra Ardente”. A partir daí não parou mais. Em 2006 Kiari formou-se em Produção Fonográfica e ampliou seu interesse pelas palavras e por filosofia, frequentando o curso de Literatura da UFRJ como ouvinte.Foi nesta época que conheceu Caio Sóh, que abriu a varanda de seu apartamento no Recreio dos Bandeirantes para encontros de música e poesia com jovens artistas de várias partes do Brasil. Destes encontros nasceram “Os Varandistas”, que chegaram aos palcos da MPB em 2010. Foi durante estes encontros que Kiari conheceu a jovem cantora Maria Gadú, que gravou em 2009, em seu CD de estreia, a canção Linda Rosa, composição de Luis Kiari e Gugu Peixoto, e que foi escolhida como parte da trilha sonora da novela Cama de Gato, da Rede Globo. Com Gadú, Kiari tocou em casas como o HSBC e Credicard Hall (SP), Vivo Rio e Teatro Rival (RJ), e participou da gravação do primeiro CD/ DVD da amiga, onde fez um dueto com sua canção “Quando Fui Chuva”, composta em parceria com Caio Sóh. Leave a Reply Cancel ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website