Orquestra interpreta Frank Martin, Bach e Sibelius de quinta-feira (04/mai) a sábado (06/mai), e, no domingo (07/mai), Esfahani faz recital somente com obras de Bach; performance da Osesp de sexta-feira (05/mai) será transmitida ao vivo no YouTube.


Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta na Sala São Paulo entre quinta-feira (04/mai) e sábado (06/mai) sob a batuta de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer – em sua segunda temporada conosco neste ano –, e acompanhada do cravista iraniano-americano Mahan Esfahani. O programa terá obras de Frank Martin (o Concerto para Cravo e Pequena Orquestra), Bach (Concerto de Brandenburgo nº 5) e Sibelius (Sinfonia nº 3). Vale lembrar que a performance da Osesp de sexta-feira (05/mai), às 20h30, será transmitida ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.

E no domingo (07/mai), às 18h, Esfahani abre nossa série de Recitais com uma apresentação dedicada integralmente a composições de Bach para o cravo: três Prelúdios e Fugas extraídos do volume 2 de O Cravo Bem Temperado, o Concerto Italiano, BWV 971, o Prelúdio e Fuga em Lá Menor, BWV 894 e a Suíte Inglesa nº 6, BWV 811.

Concerto para Cravo e Pequena Orquestra, escrito em 1951 e 1952 por Frank Martin (1890-1974), foi encomendado pela cravista Isabelle Nef. Seguindo os passos de Wanda Landowska, que solicitara a Manuel de Falla e a Francis Poulenc a composição de obras para que o renascimento do cravo se solidificasse com um repertório atualizado, Nef recebeu de Martin o primeiro concerto para cravo que, realmente, abriu o instrumento para as novas sonoridades do século XX. 

A cronologia dos Concertos de Brandenburgo é incerta, mas sabe-se que Johann Sebastian Bach (1685-1750) os compôs entre os anos que trabalhou nas cortes de Weimar e de Köthen. Sem pretender fazer dos seis Concertos um conjunto unitário – cada um guarda sua autonomia em termos de expressão, instrumentação, tonalidade e estrutura formal – o compositor os reuniu e os dedicou ao margrave de Brandenburgo, em 1721. Em Weimar, Bach se dedicou ao estudo do gênero concerto grosso (com apreço pelo modelo de Vivaldi), novidade italiana que alternava seções entre um grupo de solistas (concertino) e o tutti (ou ripieno). Além do contraste temático e textural, o espaço acústico ocupado pelo tutti e pelo concertino é diferenciado, ganhando, nas mãos de Bach, grande realce.

No contexto da obra do finlandês Jean Sibelius (1865-1957), a Sinfonia nº 3 foi uma espécie de ponto de ruptura. Partindo de um estilo sinfônico europeu tradicional, ele buscou com ela construir um grande épico sinfônico. Seu método de composição era fortemente baseado na intuição, o que resultava em temas altamente pessoais – e pouco tradicionais. Se a conexão entre as partes e as mudanças de clima são por vezes inesperadas, o conteúdo emocional das melodias é decisivo para a organicidade da peça.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas – o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto Floresta Villa-Lobos.

Thierry Fischer
Desde 2020, o suíço Thierry Fischer é Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, cargo que também assume na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. Desde 2009, é Diretor Artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornará Diretor Artístico Emérito a partir do segundo semestre de 2023. Foi Principal Regente Convidado da Filarmônica de Seul (2017-20) e Regente Titular (agora Convidado Honorário) da Filarmônica de Nagoya (2008-11). Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique.

Mahan Esfahani
Nascido em Teerã (Irã) em 1984, Esfahani cresceu nos Estados Unidos e estudou na Universidade de Stanford, completando sua formação em Boston com Peter Watchorn e com a célebre musicista tcheca Zuzana Růžičková. Foi o primeiro cravista a receber o título de Artista da Nova Geração da BBC [2008-10], além de ter vencido o prêmio Borletti-Buitoni [2009] e ter sido indicado como Artista do Ano da revista Gramophone [2014, 2015, 2017] e como Instrumentista do Ano pela Royal Philharmonic Society [2013, 2019]. Sua ampla discografia para a Hyperion e para a Deutsch Grammophon inclui as obras completas de Bach para o cravo, para as quais conquistou prêmios como Gramophone, BBC Music Magazine, Diapason d’Or e ICMA, além de ter obtido amplo destaque em publicações como The Telegraph (UK) e New York Times (EUA).

Claudia NascimentoNascida em São Paulo, é Flauta Solista da Osesp desde janeiro de 2015, atuando também como professora da Academia de Música e como membro do Conselho de Administração da Fundação Osesp. É Bacharel pela Universidade Estadual de São Paulo e foi bolsista da Fundação Vitae no Conservatoire à Rayonnement de Rueil-Malmaison, em Paris, onde estudou com Philippe Pierlot e Michel Moraguès. Seguiu se aperfeiçoando no Conservatoire de Poissy, na classe de Frédéric Chatoux. Além da própria Osesp, atuou como solista frente às orquestras Experimental de Repertório, Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e Sinfônica Brasileira, da qual foi integrante de 2008-14. Dentro da série Brasil em Concerto – Naxos em parceria com a Osesp e o Itamaraty –, participou de discos dedicados a Camargo Guarnieri, Claudio Santoro e Heitor Villa-Lobos.

Emmanuele Baldini
Spalla da Osesp desde 2005 e fundador do Quarteto Osesp, o italiano nasceu numa família de músicos em Trieste. Foi aluno de Corrado Romano no Conservatório de Genebra e se aperfeiçoou em Berlim e em Salzburgo com Ruggiero Ricci. Apresentou-se como solista junto a diversos grupos, dentre eles a Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim, a Orchestre de la Suisse Romande, a Orquestra de Câmara de Viena e a própria Osesp, em várias ocasiões. De 2017 a 2019, foi Diretor Musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, no Chile, e atualmente é Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Gravou mais de 40 álbuns, dentre os quais se destacam obras italianas e brasileiras camerísticas para o selo Naxos e peças virtuosísticas para violino solo para o Selo Sesc.


PROGRAMAS

TEMPORADA OSESP: THIERRY FISCHER, MAHAN ESFAHANI, CLAUDIA NASCIMENTO E EMMANUELE BALDINI

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
THIERRY FISCHER 
regente
MAHAN ESFAHANI 
cravo
CLAUDIA NASCIMENTO 
flauta
EMMANUELE BALDINI 
violino
Frank MARTIN | Concerto para Cravo e Pequena Orquestra
Johann Sebastian BACH | Concerto de Brandenburgo nº 5 em Ré Maior, BWV 1050
Jean SIBELIUS | Sinfonia nº 3 em Dó Maior, Op.52

TEMPORADA OSESP: RECITAL COM MAHAN ESFAHANI

MAHAN ESFAHANI cravoJohann Sebastian BACH
Três Prelúdios e Fugas do Cravo Bem Temperado Volume 2
Concerto Italiano, BWV 971
Prelúdio e Fuga em Lá Menor, BWV 894
Suíte Inglesa nº 6 em Ré Menor, BWV 811


SERVIÇO

04 de maio, quinta, às 20h30
05 de maio, sexta, às 20h30 – Concerto Digital06 de maio, sábado, às 16h30
07 de maio, domingo, às 18h00 [Recital]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos ElíseosTaxa de ocupação limite: 1.484 lugaresRecomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 50,00 e R$ 258,00 [Osesp] e entre R$ 60,00 e R$ 143,00 [Recital] (preços inteiros)Bilheteria (INTI): Neste link(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

* Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.

A Sala São Paulo é um equipamento do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciada pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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Matraca Cultural

Cultura é entretenimento, é reflexão. Ela está presente em todas as nações, nas grandes revoluções, nas periferias e nos momentos de repressão. Ela está na rima do rap, no drama teatral, no movimento da dança, nas vidas da tela do cinema, nos contos fantasiosos de livros e em diversas manifestações humanas. Matraca Cutural é boca aberta para a música, dança, teatro, exposições, cinema e mostras e usa a cultura como vetor de transformação, de respeito às diferenças e importantes reflexões.

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